Os versos de Aretino validam amplamente a hipótese apresentada pelo tradutor. Ao abordar uma temática extremamente carnal, em um texto descritivo, o autor faz bom uso de linguagem crua e direta, apesar de usar, por vezes, rimas pobres como a formada pelas palavras "nabo" e "rabo".
Ao descrever explicitamente um modo de vida libertino, criando uma ode ao sexo, Aretino fatalmente quebra o paradigma de divinização da mulher, que aqui deixa de ser intocável e tem suas partes erógenas citadas e à exaustão:
"Que notável prazer não tereis tido
De ver a cona ou o cu nessa apertura,
Em modos incomuns de ser fodido.
...
Na cona hei de foder-te boa data
De vezes, pois em cona ou cu entrando,
O pau faz-me feliz e a ti beata."
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